Valvopatias

Insuficiência mitral e ecocardiograma – revisão básica

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Pcte de 15 anos com histórico de febre reumática vem para avaliação ecocardiográfica.

Notamos dilatação das câmaras esquerdas. As cúspides da mitral estão espessadas e a movimentação da cúspide posterior (na parte mais inferior do vídeo) está bastante reduzida, achado este bastante sugestivo de etiologia reumática:

http://youtu.be/2E_mAh4fAiI

Além disso percebe-se que as cúspides anterior e posterior da mitral não se tocam adequadamente como deveriam durante a contração do VE. A isto chamamos de falha de coaptação mitral a qual pode ser notada melhor dando-se um zoom na valva:

Exemplificando a informação acima, podemos notar a presença de refluxo mitral significante em direção à parede posterior do átrio esquerdo:

Há vários métodos objetivos para graduar a insuficência mitral. Entre os principais, destacamos:

1- método de PISA

2- presença ou não de fluxo sistólico reverso em veias pulmonares

3- Vena contracta

4- Relação entre a área do refluxo mitral e a área do átrio esquerdo

A diretriz de eco da sociedade europeia recomenda que o último método seja abandonado e que se priorize, quando tecnicamente possível, o método de PISA. Neste, através de ajustes técnicos, pode-se observar a formação de uma estrutura similar a um semicírculo ou hemiesfera próximo ao orifício regurgitante da mitral. Trata-se da área ou zona de convergência do fluxo. A imagem abaixo revela- de forma clara isto:

Quanto maior esta área, maior o refluxo mitral. Quando o raio da hemiesfera é 9 mm, sugere IM importante. No caso acima, a medida foi de 11 mm.

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Sobre o autor

Eduardo Lapa

Editor-chefe do site Cardiopapers
Especialista em Cardiologia e Ecocardiografia pela SBC

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