Coronariopatia Prevenção

Novo guideline AHA – prevenção primária

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Novo guideline AHA – prevenção primária

Principais pontos:

–  Escores de risco como o framingham devem ser aplicados em todos adultos sem doença cardiovascular estabelecida. A evidência é maior em pctes >40 anos, mas deve-se aplicar a todos os adultos.

– O guideline sugere que se inicie a fazer os escores de risco à partir dos 20 anos e que após isto os mesmos sejam repetidos a cada 5 anos – de forma similar ao recomendado para a dosagem de lípides.

– Existem vários tipos de escores de risco – Framingham, SCORE, PROCAM, Reynolds. Todos têm vantagens e desvantagens. O importante é utilizar qualquer um dos escores tradicionalmente aceitos.

– Pacientes com escore de risco em 10 anos >20% são considerados de alto risco. Entre 10 e 20% – risco moderado. Abaixo de 10% – baixo risco. O grupo entre 6% e 10% é considerado de baixo risco por alguns grupos (incluindo a AHA) e de risco intermediário por outros.

– Pesquisar história familiar de doença cardiovascular precoce em parentes de primeiro grau é fundamental. Apesar da correlação ser mais forte com história precoce de DCV (<55 anos em parentes do sexo masculino e < 65 anos em parentes do seco feminino), qualquer antecedente de eventos cardiovasculares em parentes próximos já aumenta o risco do paciente.

– Testes que avaliam o genótipo não estão indicados na prevenção primária.

– Não está indicado avaliação de apolipoproteínas, tamanho de partículas de lipídios e densidade de partículas de lipídios na avaliação de prevenção primária. Recomenda-se realizar apenas perfil lipídico básico.

– A dosagem de PCR está indicado em pacientes que se encaixam no perfil do estudo JUPITER – homens >50 anos ou mulheres >60 anos e com LDL <130 que não tem doença cardiovascular estabelecida ou diabetes. Lembrando que nestes estudo os pacientes tinham todas as caractéristicas citadas associado a PCR>2 mg/L. Nestes estudo o uso de rosuvastatina 20 mg/d por 19 meses resultou em diminuição de mortalidade cardiovascular.

– A mensuração de hemoglobina glicada (HbA1c) pode ser considerada em adultos assintomáticos sem história de diabetes (recomendação 2b). Isto baseia-se no fato da HbA1c ter sido recentemente aprovada para diagnóstico de diabetses (quando >6,5) e de pré diabetes (quando entre 5,7 e 6,4).

– Em pacientes com HAS ou DM, está indicado a dosagem de microalbuminúria (recomendação 2a). Em adultos de risco intermediário – recomendação 2b. Nestes casos pode-se coletar a primeira urina da manhã e fazer relação entre albumina e creatinina – se entre 30 e 300 mg/g – microalbuminúria. Se >300 – macroalbumiúria. A microalbuminúria atualmente é considerado como fator de risco cardiovascular.

– ECG de repouso pode ser considerado na avaliação de todo adulto assintomático (recomendação 2b) mas o nível de evidência é maior para pacientes HAS e DM (2a)

– Avaliação de espessura médio-intimal por ultrassom, de índice tornozelo braquial e escore cálcio pode ser recomendado em pacientes assintomáticos de risco intermediário (2a).

– Teste ergométrico pode ser considerado em pacientes assintomáticos de risco intermediário (recomendação 2b), principalmente os que desejam iniciar exercíciso físicos vigorosos.

– Teste de esforço com cintilografia associada pode sem considerada em pacientes de alto risco assintomáticos (DM, história familiar altamente positiva, escore cálcio >400) – recomendação 2b. NÃO está indicada em pacientes de baixo ou intermediário risco.

– Angiotomografia de coronárias NÃO está indicada na avaliação de pacientes assintomáticos.

Referência –  Greenland P, Alpert JS, Beller GA, et al. 2010 ACCF/AHA guideline for assessment of cardiovascular risk in asymptomatic adults: a report of the American College of Cardiology Foundation/American Heart Association Task Force on Practice Guidelines. J Am Coll Cardiol 2010; DOI: 10.1016/j.jacc.2010.09.001. Available at: http://content.onlinejacc.org.

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Sobre o autor

Eduardo Lapa

Editor-chefe do site Cardiopapers
Especialista em Cardiologia e Ecocardiografia pela SBC

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