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Cirurgia bariátrica vs Tratamento clínico intensivo para DM: qual é o melhor?

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Foi publicado no NEJM uma artigo mostrando os resultados do seguimento de 3 anos dos pacientes do STAMPEDE. Foram 150 pacientes obesos com diabetes mellitus tipo 2 com controle ruim.

Os pacientes foram randomizados em 3 grupos – tratamento clínico otimizado (dieta, exercício, medicamento); tratamento clínico + gastroplastia em Y-de-Roux ou tratamento clínico + gastrectomia vertical (Sleeve).

O desfecho primário foi atingir uma hemoglobina glicada (HbA1c) de < 6,0%.

A HbA1c média no início do estudo era de 9,3% (+- 1,5%), e o IMC médio de 36,0 (+-3,5). 91% dos pacientes completaram os 36 meses de seguimento. Idade média de 49 anos.

Em 3 anos, 5% do grupo tratamento clínicio haviam atingido HbA1c < 6,0%; no grupo Y-de-Roux, 38% (p < 0,001) e no grupo Sleeve 24% (p 0,01).

Os grupos que foram submetidos à cirurgia utilizaram menos medicações para DM (incluindo insulina), e tiveram maior perda de peso (4,2% vs 24,5% vs 21,1%, respectivamente). As medidas de qualidade de vida foram também superiores nos grupos cirúrgicos (desfechos secundários).

Esses resultados mostram que a cirurgia bariátrica + tratamento clínico otimizado parece ser uma boa opção para pacientes obesos e com diabetes mal controlada. Lembrando que, como qualquer procedimento, pode ocorrer tanto complicações cirúrgicas como nutricionais. Não é um procedimento isento de riscos. E devemos tomar cuidado também para não achar que todos pacientes obesos e diabéticos devem operar. Um paciente com IMC de 32 com HbA1c dentro da meta não teria indicação de cirurgia, a princípio.

Referência: Schauer PR, Bhatt DL, Kirwan JP, Wolski K et al. Bariatric Surgery versus Intensive Medical Therapy for Diabetes – 3-year Outcomes. N Engl J Med 2014;370:2002-2013.

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Sobre o autor

Fernando Figuinha

Especialista em Cardiologia pelo InCor/ FMUSP
Médico cardiologista do Hospital Miguel Soeiro - Unimed Sorocaba.
Presidente - SOCESP Regional Sorocaba.

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