Miscelânia

Como funcionam as glifozinas? Revisando os inibidores da SGLT2

Escrito por Eduardo Lapa

Esta publicação também está disponível em: Português

Muito tem sido falado sobre os inibidores da SGLT2 (ex: empaglifozina, canaglifozina e dapaglifozina) no manejo de diabetes em pacientes com evento cardiovascular prévio. Mas você sabe como estas drogas atuam? Como o nome indica (sodium glucose linked transporter), o SGLT2 é uma proteína que existe no túbulo proximal do néfron, fazendo com que a glicose que foi filtrada pelo glomérulo seja reabsorvida. Caso essa proteína seja inibida, termina ocorrendo eliminação de maior quantidade de glicose na urina, baixando assim os níveis de glicose no sangue.

Mas então essas drogas podem causar hipoglicemia, certo? Se estou perdendo glicose na urina pode diminuir bastante os níveis de glicemia do pcte?

Dica:

  • O risco de hipoglicemia com os inibidores da SGLT2 é baixo. Isso porque a ação da droga é mais intensa em casos de glicemia alta. À medida que a glicemia vai baixando devido ao melhor controle do DM2, a quantidade glicose excretada na urina diminui. O risco de hipoglicemia ocorre se houver uso associado de insulina, glinidas ou sulfonilureias. 

Dica:

  • Baseado no mecanismo de ação dos inibidores da SGLT2, tem como intuir qual o principal efeito colateral? Certamente. Se ocorre maior eliminação de glicose na urina, o que pode ocorrer? Crescimento bacteriano! Esta classe de drogas aumenta o risco de infecção do trato geniturinário, principalmente em mulheres. 

 

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Sobre o autor

Eduardo Lapa

Editor-chefe do site Cardiopapers
Especialista em Cardiologia e Ecocardiografia pela SBC

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