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Como não interpretar os resultados de troponina ultrassensível?

Escrito por Eduardo Lapa

Esta publicação também está disponível em: Português

Os kits de dosagem de troponina ultrassensível (US) estão sendo cada vez mais usados no Brasil. Mas você sabe interpretar este exame? Aqui vão algumas dicas de como NÃO interpretar a troponina ultrassensível:

  • troponina alterada = infarto. Já vimos porque este raciocínio está errado neste post.
  • olhar para o resultado de uma forma binária: ou está normal ou está alterado. O resultado do exame mostra uma variável contínua, ou seja, pode haver níveis de 0,2, 0,32, 0,47, etc. Assim sendo, quanto maior for o resultado do exame, mais morte de miócitos está ocorrendo. Assim, sendo, um paciente com dor torácica aguda que tem a troponina US levemente acima do percentil 99 tem uma chance de cerca de 50% de estar sofrendo um infarto. Já outro paciente com os mesmos fatores de risco e o mesmo tipo de dor mas que possui a troponina 5x acima do percentil 99 tem 90% de chance de estar tendo um infarto.
  • pedir o exame sem interpretar o ECG antes. A dosagem da troponina US não tem relevância diagnóstica se o ECG já mostrar supra de ST de causa isquêmica.

Referência: Twerenbold R et al. Clinical Use of High-Sensitivity Cardiac Troponin in Patients With Suspected Myocardial Infarction. J Am Coll Cardiol 2017.

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Sobre o autor

Eduardo Lapa

Editor-chefe do site Cardiopapers
Especialista em Cardiologia e Ecocardiografia pela SBC

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