ECG

Você sabe colocar os eletrodos do ECG de forma correta? Tem certeza?

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Antes de começar a discutir a interpretação do eletrocardiograma, vamos explicar brevemente como realiza-lo.

O aparelho de ECG tem 10 cabos que ligaremos ao paciente.

4 cabos serão conectados nos eletrodos ou pinças que serão colocados nos 4 membros do paciente. Esses eletrodos serão responsáveis pelo plano frontal, que será discutido no próximo tópico. Caso o paciente apresente amputação de algum membro, podemos colocar um eletrodo na porção proximal desse membro.

E como colocar cada cabo destes? Basta seguir a padronização de cores:

Os demais cabos (6) serão conectados aos eletrodos precordiais (V1 a V6), que formarão o plano horizontal.

Para saber onde colocar esses eletrodos, devemos ter um parâmetro anatômico para nos guiar. Entre o manúbrio e o esterno, é possível palpar o ângulo de Louis. Abaixo desse ângulo, o primeiro espaço intercostal que sentimos é o 2º espaço inter-costal (EIC).

Isso é importante para nos guiar onde devemos colocar os eletrodos precordiais.

Isso é fundamental, pois a colocação errada dos eletrodos pode levar a uma interpretação inadequada do ECG.

Existem outras derivações que podemos fazer para casos específicos.

Em pacientes com infarto agudo do miocárdio, se suspeitarmos de acometimento de parede posterior, podemos utilizar o V7 e V8. (geralmente se utiliza os cabos de V5 e V6).

Suas localizações são:

   V7: 5º EIC, linha axilar posterior

   V8: 5º EIC, linha hemi-escapular

Para ver maiores detalhes sobre estas derivações e suas utilidades, veja este post.

Na suspeita de infarto de ventrículo direito, devemos realizar V3R e V4R (derivações direitas). Seguem os mesmos parâmetros de localização de V3 e V4, só que no hemitórax direito:

   V3R: na borda esternal direita, entre 4º e 5º EIC

   V4R: 5º EIC, na linha hemi-clavicular direita.

Devemos tomar cuidado também com o uso de excesso de gel para colar as derivações precordiais, pois isso pode causar um artefato chamado “grande eletrodo precordial”. Nesse caso, todos os complexos QRS de V1 a V6 ficam do mesmo tamanho, como já foi discutido previamente aqui, no cardiopapers (Desafio de ECG – grande eletrodo precordial).

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Sobre o autor

Fernando Figuinha

Especialista em Cardiologia pelo InCor/ FMUSP
Médico cardiologista do Hospital Miguel Soeiro - Unimed Sorocaba.
Presidente - SOCESP Regional Sorocaba.

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