Coronariopatia Hemodinâmica

De onde surgiu o conhecimento de que é necessário dupla antiagregação plaquetária em pacientes submetidos à angioplastia?

Escrito por Eduardo Lapa

Esta publicação também está disponível em: Português

05Até a primeira metade da década de 90, a rotina após a realização de angioplastia era de se usar apenas aspirina para prevenção de complicações (ex: trombose de stent). Na segunda metade desta década surgiram alguns trabalhos que mostraram que a associação de ticlopidina ao aas reduzia de forma considerável o risco de trombose de stent (veja aqui como classificar).

Destes trabalhos, o mais relevante e com maior número de pacientes foi o STARS que randomizou 1653 pacientes submetidos à angioplastia com stent bare-metal (não farmacológico) para 3 terapias diferentes:

  • aas
  • aas + ticlopidina
  • aas + varfarina

Resumo da ópera: a combinação de aas com ticlopidina diminuiu significativamente a taxa de trombose de stent em 30 dias quando comparada aos outros 2 esquemas. A cada 33 pacientes tratados com aas + ticlopidina, diminuiu-se uma trombose de stent em relação ao grupo tratado apenas com aspirina.

Desde então, a regra é que todo paciente que receba stent fique em uso de dupla antiagregação plaquetária por um determinado período. Mas se os trabalhos originais eram com ticlopidina, por que não usamos mais esta medicação atualmente? Veremos isto em outro post.

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Sobre o autor

Eduardo Lapa

Editor-chefe do site Cardiopapers
Especialista em Cardiologia e Ecocardiografia pela SBC

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