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Mulher, 75 anos, hipertensa, admitida no pronto socorro com queixa de mal estar inespecífico e palpitações episódicas.
Antecedendes Pessoais:
Hipertensão Arterial Sistêmica
Ablação de FA há 1 ano.
Qual a alteração encontrada no ECG.
CLIQUE NO ECG PARA AMPLIAR
RESPOSTA DO DESAFIO
Resposta: Taquicardia atrial com condução AV 2:1
O interessante do ECG é o diagnóstico diferencial com o ritmo sinusal. A freqüência cardíaca é normal (em torno de 90bpm) e as ondas P, demonstrando a presença da taquicardia atrial, são mais nítidas apenas nas derivações V1 e V2; Em V5 e V6 a impressão é que estamos diante do ritmo sinusal. Numa análise rápida do eletrocardiograma detalhes como estes podem não ser notados e o diagnóstico pode ser equivocado.
ECG Prévio da paciente em ritmo SInusal ( períoro após ablação):
O número de pacientes submetidos à ablação por cateter da fibrilação atrial vem crescendo nos últimos anos, a taquicardia atrial após ablação da FA pode ocorrer em até 20% a 30% dos casos, principalmente nos primeiros três meses após a ablação e em pacientes com FA persistente/permanente, onde a abordagem inclui o isolamento elétrico das veias pulmonares e a realização de linhas de bloqueio na parede posterior do átrio esquerdo, no teto e no istmo mitral. Na sua maioria, a causa da taquicardia atrial é a presença de “gaps” ao longo das linhas de bloqueio propiciando o desencadeamento de circuitos micro ou macroreentrantes. A refratariedade ao tratamento clínico demanda uma nova abordagem, a ablação do circuito reentrante elimina a taquicardia e resolve o problema.
AUTOR: Dr Acácio Cardoso ( Cardiologista Eletrofisiologista)
Taquicardia de Background…. Pos ablação de FA! Fator mantenedor da FA, o qual não foi eliminado durante o procedimento…. geralmente confundido com Flutter atípico.
Taquicardia atrial com BAV 2:1
Taquicardia Atrial com condução AV 2:1
Taqui atrial com BAV 2:1 de foco provável em átrio esquerdo baixo
Parabéns a todos pela participação e excelentes comentários.
caso interessante de taqui atrial 2:1
Também gostaria de comentar, neste traçado, sobre a não progressão normal das forças septais no plano horizontal com presença de S profundos em todo a parede anterior e inferior. Acredito se tratar, pelo contexto clínico, de um Atraso Final de Condução (AFC) acentuado com R empastado em avR e S profundo em quase todo traçado. Reforço esta observação, uma vez que, este mesmo achado poderia se confundir com área inativas e ou mesmo bloqueios como o BDAS.