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Efeitos da terapia de reposição hormonal (TRH) na pressão arterial

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Estudo com 43.405 mulheres em pós-menopausa mostrou que o uso da terapia de reposição hormonal (TRH) esteve associada a um maior risco de hipertensão arterial (HAS).

A idade média das pacientes nesse estudo foi de 63 anos. Das 12.443 mulheres que receberam a terapia de reposição, 20% tiveram diagnóstico de HAS, contra 17% das 30.962 mulheres que nunca usaram esse terapia.

Além disso, pela primeira vez foi demonstrado que quanto maior for a duração do tratamento (TRH), maior o risco de desenvolver hipertensão arterial.

Essa relação da TRH e hipertensão arterial foi mais importante em mulheres entre 45-55 anos (mulheres pós-menopausa mais jovens). O odds ratio para associação da terapia hormonal com HAS foi de 1,59 para menores de 56 anos, 1,58 para aquelas entre 56-61 anos, e 1,26 para aquelas entre 62 e 70 anos.

Assim, a recomendação sugerida é que se leve em consideração o fato de que o uso de TRH pode aumentar o risco de hipertensão arterial; se possível, minimizar seu tempo de uso.

Referência

  1. Chiu CL, Lujic S, Thornton C, et al. Menopausal hormone therapy is associated with having high blood pressure in postmenopausal women: observational cohort study. PLoS ONE 2012;7:e40260.

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Sobre o autor

Fernando Figuinha

Especialista em Cardiologia pelo InCor/ FMUSP
Médico cardiologista do Hospital Miguel Soeiro - Unimed Sorocaba.
Presidente - SOCESP Regional Sorocaba.

4 comentários

  • Fernando qual o nome do estudo e quando foi feito?
    Pelo que foi exposto há, sem dúvida alguma, correlação entre TRH e aumento no surgimento de casos de HAS na população estudada.
    O grupo que se tornou hipertenso com TRH é estatísticamente igual ao que nunca usou a TRH?
    No grupo que se tornou hipertenso com o uso da TRH como se comportatia sem ela quanto a TA?
    A genética familiar dos grupos para desenvolver HAS, sem TRH, foi levada em conta?
    Os fatores de risco são semelhantes em ambos os grupos?
    A dieta, o emocional, o estilo e a qualidade de vida foram iguais para os grupos?
    Será que no grupo que elevou a TA, supostamente pelo uso da TRH, não haveria maior incidência de DAC caso ela não fosse instituida?
    Qual a relevância clínica desse achado?
    Aquela paciente que estou atendendo, que não fez parte da população desse estudo, irá se beneficiar ou não com a TRH?
    Em fim. São muitas as dúvidas, ainda.

    • Esse estudo certamente tem diversas limitações.
      Primeiro, ele avaliou pacientes que relataram fazer uso de terapia de reposição hormonal, sem caracterizar qual o tipo ou dosagem do que estava sendo utilizado. Só o fato de ter os dados relatados pelo paciente já é uma limitação.
      Como não houve um grupo controle randomizado (pela tipo de estudo realizado), os grupos apresentavam algumas diferenças entre si.
      Assim, pela própria metodologia científica utilizada (estudo transversal), esse estudo nos permite somente sugerir algo, e não mudar a prática clínica.
      Eu coloquei o link no final do post para quem quiser fazer o download do artigo completo.

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