Lípides Métodos complementares

Escore cálcio de zero muda a sua conduta ou não?

Escrito por Eduardo Lapa

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Já vimos em post prévio que uma das grandes novidades da diretriz americana de colesterol publicada recentemente é o uso do escore cálcio para ajudar a definir conduta em pacientes de risco intermediário. No final das contas, o “pulo do gato” do escore cálcio nestes casos é quando ele vem igual a zero uma vez que assim o risco de eventos cardiovasculares do paciente é bem menor do que o previsto por calculadoras de risco e assim, pode-se considerar deixar o paciente sem uso de terapias hipolipemiantes. Quais grupos mais se beneficiam de saber que o escore cálcio é de zero?

  1. Pacientes de risco intermediário que estão relutantes em iniciar terapia com estatinas
  2. Pacientes que usaram estatinas no passado e que pararam a medicação pela presença de efeitos colaterais como, por exemplo, mialgias
  3. Homens > 55 anos e mulheres >60 anos sem outros fatores de risco. Isto porque a idade é o fator que mais influencia o cálculo do risco cardiovascular pelas calculadoras. Exemplo: homem branco de 70 anos, PA 120×80 mmHg, CT 180 HD 50 LDL 100, não fumante fica com risco de 15,5% pela calculadora da AHA e, portanto, ganharia prescrição de estatina. Mas se o escore cálcio vier de zero, fica bem mais tranquilo não indicar estatina para este paciente.
  4. Pacientes entre 40 r 55 anos que caíram no grupo de risco borderline (entre 5% e 7,5%) e que possuem fatores de aumento de risco como síndrome metabólica, por exemplo. A conduta fica ali em cima do muro, então o escore cálcio pode ajudar a definir.

 

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Sobre o autor

Eduardo Lapa

Editor-chefe do site Cardiopapers
Especialista em Cardiologia e Ecocardiografia pela SBC

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