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O estudo PALLAS está investigando o uso de dronaderona em pacientes com fibrilação atrial (FA) permanente.
Essa droga já foi aprovada previamente para uso em pacientes com FA paroxística, persistente ou flutter atrial. Ela reduziu a necessidade de hospitalizações por eventos cardiovasculares nesses pacientes. Porém, já havia sido demonstrado também riscos de lesão hepática e aumento de eventos em pacientes com IC descompensada recente.
O estudo PALLAS foi interrompido precocemente na última semana quando foi percebido um aumento no risco de eventos cardiovasculares em pacientes com FA permanente utilizando essa droga. Seu uso dobrou a mortalidade, além de aumentar as taxas de AVC e hospitalização por insuficiência cardíaca (mortalidade 0,4% VS 1% no grupo dronaderona, HR 2,3; AVC 0,4% VS 1,1% HR 2,4; internação por IC 1% VS 2,2% HR 2,3).
Por enquanto esses são resultados preliminares. Ainda não se sabe se esses resultados afetarão as indicações já aprovadas para essa droga.
O lobby sobre a dronedarona é inacreditável. Já demonstrou piorar IC, piorar função renal naqueles que ja tem algum grau de disfunção, causar lesão hepática, além dos dados do estudo aqui mencionado. Ou seja: aprovaram uma droga que custa o dobro da mais cara em uso no mercado, que só pode ser feita em quem praticamente não tem comorbidades, com um benefício no máximo igual às demais drogas já existentes (que não a Amiodarona). Então qual o seu espaço real no arsenal terapêutico? Por muito menos outras drogas foram retiradas do mercado ou nem mesmo chegaram a ser lançadas.
interessante !!!