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Hemocromatose cardíaca: como detectar na prática?

Escrito por Eduardo Lapa

Esta publicação também está disponível em: Português

Hemocromatose é uma doença causada pelo excesso de ferro no corpo. O acometimento cardíaco é um dos achados da doença, sendo responsável por 1/3 dos óbitos. Algumas dicas:

  • A forma hereditária é mais comum que a forma adquirida (ex: devido a múltiplas hemotransfusões)
  • A herança é recessiva. Normalmente para ter a forma hereditária o paciente tem que ter a mutação do gene HFE C282Y dobrado ou então esta mutação associada a C63D.
  • A disfunção diastólica é mais comum que a sistólica.

Mas, vamos à pergunta do título: qual o melhor exame de imagem não invasivo para detectar acometimento cardíaco pela hemocromatose?

Resposta: Ressonância magnética cardíaca com a técnica de T2 estrela.

Segue trecho do nosso livro Cardiologia Cardiopapers:

Ecocardiograma: é inespecífico. Apresenta disfunção diastólica restritiva e em fases mais avançadas, disfunção sistólica.

Ressonância cardíaca com destaque para a aquisição T2*: possui boa acurácia para o diagnóstico da deposição de ferro nos diversos órgãos, especialmente no miocárdio. Quanto maior a sobrecarga de ferro, mais escuro aparece o miocárdio.

Imagem do exame T2 estrela

Resumindo, essa figura do nosso livro mostra como esta técnica consegue aferir a quantidade de ferro presente no miocárdio.

Dica:

  • Para esse tipo de ressonância, NÃO é necessário uso de contraste. Assim, mesmo que o paciente tenha disfunção renal grave, pode pedir sem medo a RMC.

Outra imagem do nosso livro:

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Sobre o autor

Eduardo Lapa

Editor-chefe do site Cardiopapers
Especialista em Cardiologia e Ecocardiografia pela SBC

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