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O hipertireoidismo é um fator de risco conhecido para taquiarritmias atriais. 5% a 15% dos pctes com esta disfunção tireoideana fazem fibrilação atrial ao longo do curso da doença. Nestes pctes, como fazer em relação a anticoagulação? Marevan? AAS? Nada? Apesar da literatura ser pobre sobre o assunto, achei as seguintes evidências:
1- Enquanto o pcte está com a função tireoideana alterada – manter anticoagulação plena independente do CHADS2
2- Após atingir eutireoidismo – seguir conduta preconizada pelo CHADS2
Lembrar que para saber se o pcte chegou ou não ao eutireoidismo o parâmetro usado deve ser o T4L e não o TSH (inverso do hipotireoidismo). Após o início das tionamidas (metimazol, propiltiuracil) isto costuma demorar 2 a 3 meses para acontecer.
Referência: Manning WT et al. Antithrombotic therapy to prevent embolization in nonvalvular atrial fibrillation. Uptodate 18.3
Vale lembrar também que a Warfarina exerce seu efeito anticoagulante interferindo com a carboxilação hepática vitamina K-dependente dos fatores II, VII, IX e X. Embora a farmacocinética da Warfarina permaneça inalterada durante o estado de tireotoxicose, a taxa de degradação desses fatores vitamina K dependentes é aumentada, o que pode potencializar o efeito da Warfarina, necessitando redução nas suas doses.
Num caminho inverso, em pacientes sem tireotoxicose conhecida, mas que estão em uso de amiodarona p.ex, uma alteração inexplicada da sensibilidade à Warfarina que exija diminuição nas doses do anticoagulante deve levar o médico a avaliar a função tireoidiana.
Vinicius,
boa lembrança. Bom ver o pessoal da endocrino frequentando o blog de cardiologia. hehehe. Abração.
Parabens Edu pela revisão…como disse questão de prova de título e não se acha nos livros
Olá colegas, parabéns pela excelente orientação prática. Vale lembrar o novo escore CHA2DS2-VASc: um novo escore na estratificação do risco de AVC na fibrilação atrial. Quem usa em seu palm ou smartphone o programa MedCalc já pode encontrar o escore lá. Aqui o link para o artigo de validação na íntegra: http://www.bmj.com/content/342/bmj.d124.full.pdf
Prezado Daniel,
Nós do cardiopapers agradecemos a participação que sempre nos fornece ânimos para novas discussões e manutenção do site.
Quanto ao CHA2DS2 VASc, concordamos com a sua importância e já haviamos até discutido a respeito do assunto aqui no cardiopapers que vc pode conferir no link abaixo:
https://d3gjbiomfzjjxw.cloudfront.net/2011/01/chads-vasc-um-melhor-escore-para-avaliar-risco-de-eventos-tromboembolicos/
Continue participando. Obrigado!
Verdade, não tinha visto o comentário anterior de vcs. Conheci o Blog recentemente e novamente parabenizo pelos ótimos artigos. Agora estou sempre visitando, já coloquei nos meus “favoritos”. Grande abraço.