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A primeira referência que se tem do AAS data de 1534 antes de Cristo. É um documento egípcio chamado de papiro de Eber (foto acima) que fala sobre inúmeras doenças e plantas medicinais, entre as quais se destaca o salgueiro ou salix como é conhecido em latim. O texto citava que a casca da árvore quando usada para fins medicinais era muito eficaz em melhorar dores de uma forma geral.
Em 1758 o reverendo Edward Stone viu que a casca do salgueiro era extremamente útil no tratamento dos sintomas de malária (febre, mialgias, cefaléia, etc).
Em 1828 o Dr Joseph Buchner transformou a substância derivada da casca do salgueiro em cristais amarelos chamando o resultado de salicina (derivado da palavra salix citada acima). Em 1838 Raffaele Piria fez uma substância ainda mais concentrada que foi chamada de ácido salicílico.
Em 1852 o Dr Charles Gerhart substituiu um grupo hidroxil por outro acetil e gerou pela primeira vez o ácido acetilsalicílico.
Em 1876 a medicação foi pela primeira vez testada em um trial. Os pctes estudados tinham reumatismo e viu-se que a droga diminuía febre e dores. O trabalho foi publicado no Lancet.
No dia 1 de fevereiro de 1899 a medicação é registrada como aspirina.
Em 1971 o Dr John Vane publica um trabalho que mostra que a aspirina (além de outros AINES) inibe a produção de prostaglandinas, ganhando o prêmio nobel de medicina pela descoberta.
Em 1988 é publicado o ISIS 2 que ao mostrar que a aspirina tinha eficácia similar ao uso de trombolíticos no IAM revolucionou a história da cardiologia. Estava consagrada uma das principais armas da Cardiologia no combate às doenças cardiovasculares. Atulmente são produzidas 40.000 toneladas de aspirina anualmente.
Referência: Fuster V, Sweeny JM. Aspirin: a historical and Contemporary Therapeutic Overview. Circulation 2011; 123; 768-778.
Vcs tem alguma informação sobre a aspirina ENDOVENOSA? Alguns trials utilizam essa formulação. Sempre fico com essa curiosidade ao ler os Métodos de alguns artigos, por exemplo, no Extract TIMI 25 que cita aspirina 500mg EV como opção a via oral. Um abraço.
Daniel, não conheço este esquema de aas iv. Depois vou dar uma olhada no extract.
Daniel,
Boa observação. Realmente pesquisei e existe a apresentação de aspirina venosa como pude observar no ExTract TIMI 25 (http://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMoa060898#t=articleTop ) que vc comentou (não conhecia). Atualmente existe um estudoocadastrado no clinicalTrial.org que se propoem comparar aspirina oral e venosa (http://clinicaltrials.gov/ct2/show/NCT00910065). Vamos Aguardar avaliação desta nova ferramenta.
agradecemos a participação mais uma vez
Vou dar uma olhada no ClinicalTrials. Sempre tive essa curiosidade, achei que essa formulação até já tinha sido abandonada de vez. Valeu.