Coronariopatia

Imagens em cardiologia – trombo em ventrículo esquerdo

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Uma complicação razoavelmente frequente em pacientes que apresentaram IAM com supra de ST recente é a formação de trombo em ventrículo esquerdo. Colocamos a seguir imagens de um pcte com IAM anterior recente não reperfundido. Nota-se no ecocardiograma a presença de imagem ecogênica no ápice do VE correspondendo ao trombo.

https://youtu.be/Z3WQykv2ZmE

Ao se modificar um pouco a posição do transdutor nota-se que o trombo na verdade atapeta o ápice do VE e boa parte da parede septal.

Na ventriculografia podemos notar a falha de enchimento na ponta do VE.

https://youtu.be/glnf-hIAmbw

Dados interessantes:

– o IAM anterior é o que mais cursa com a formação de trombos, principalmente os que ficam com discinesia apical (como é o caso mostrado acima)

– na era pré-fibrinolíticos até 40% dos IAMs com supra de ST anterior evoluíam com a formação de trombos. Após o surgimento de terapias de reperfusão esta incidência caiu para cerca de 5% dos casos.

– a maioria dos trombos se forma nas primeiras 2 semanas após o IAM. O tempo médio de 5-6 dias.

– 10% a 15% dos pctes não tratados com anticoagulantes apresentam eventos embólicos.

– método diagnóstico habitual – eco transtorácico. Sensibilidade e especificidade acima de 85%.

– estes pctes devem ser tratados com anticoagulantes. A medicação mais estudada neste cenário foi a varfarina. O tempo de uso da medicação é bastante discutido. A maioria das fontes recomenda manter a anticoagulação por 3 meses uma vez que este é o período em que a maioria dos eventos embólicos ocorre.

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Sobre o autor

Eduardo Lapa

Editor-chefe do site Cardiopapers
Especialista em Cardiologia e Ecocardiografia pela SBC

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