Miscelânia

Nova diretriz de aneurisma de aorta abdominal: o que mudou?

Escrito por Eduardo Sansolo

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A Sociedade de Cirurgia Vascular (SVS) publicou a primeira atualização em 9 anos das diretrizes para o manejo de pacientes com aneurisma da aorta abdominal (AAA). As orientações abordam a correção endovascular do aneurisma (EVAR) e o reparo cirúrgico aberto. As diretrizes estão disponíveis on-line em vsweb.org/AAAGuidelines. Além disso, o documento foi publicado na íntegra na edição de janeiro do Journal of Vascular Surgery.

O documento faz 111 recomendações. Pela primeira vez, foi recomendado que os procedimentos fossem limitados a centros que atendessem a um limite mínimo de volume de casos e metas de resultado por cada hospital. Esta recomendação foi discutida extensamente e agora representa um equilíbrio entre as evidências disponíveis e os diferentes padrões e ambientes de prática no qual os membros da SVS atuam.

Sobre estas recomendações:

  1. Acompanhamento a cada 3 anos com ultrassom de abdome para pacientes com aneurismas de 3-3,9cm.
  2. Tomografia de abdome com contraste para pacientes com aneurismas de 4-4,9cm.
  3. Tomografia de abdome com contraste para pacientes com aneurimsas de 5-5,4cm.
  4. Indicação de correção para homens com aneurismas fusiformes >5,4 cm e mulheres >5 cm ou que evoluam com crescimento > 5mm em 6 meses.
  5. Correção de todos aneurismas com morfologia sacular, devido à imprevisibilidade de ruptura.
  6. EVAR eletiva deve ser realizada em hospitais com taxa de mortalidade ≤ 2% e que realizem pelo menos 10 casos de EVAR por ano. A correção aberta deve ser realizado em hospitais com taxa de mortalidade <5% e que realizem pelo menos 10 cirurgias por ano.
  7. EVAR é preferível em vez da cirurgia convencional aberta para o tratamento de aneurismas rotos, caso seja anatomicamente viável.
  8. Período <90 minutos da chegada ao hospital até a realização da intervenção em casos de reparos de emergência.
  9. Exame de ultra-sonografia do AAA em homens e mulheres com idades entre 65 e 75 anos com histórico de tabagismo.
  10. Recomendações para o tratamento de endoleaks tipos I e III, assim como os tipo II que cursem com expansão do saco aneurismático.
  11. Uso apropriado de profilaxia antibiótica em pacientes com prótese aórtica submetidos a procedimentos dentários. Já para procedimentos nos tratos respiratório, gastrointestinal ou genitourinário, não há esta necessidade, a menos que o paciente esteja imunodeprimido.

Referências:

SVS – https://vascular.org/

Guidelines – http://www.jvascsurg.org/article/S0741-5214(17)32369-8/fulltext?utm_source=&utm_medium=&utm_campaign=&utm_term=&utm_content=

Journal of Vascular Surgery – http://www.jvascsurg.org/

 

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Eduardo Sansolo

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