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No final de fevereiro de 2019 a Sociedade Brasileira de Cardiologia lançou a nova diretriz de cardiologia do esporte. Os principais pontos que gostaria de destacar:
- Sabe a diferença de esportista e atleta profissional? Basicamente o último tem a prática do exercício como seu principal foco de vida, gastando mais horas por dia com treinamento do que com outras atividades (ex: outras atividades de trabalho que possua). Não preencheu este critério, é esportista amador. Ex: a pessoa é médica, trabalha 8h por dia com medicina e corre 2h por dia chegando a correr maratonas eventualmente. Não é considerado atleta profissional mas sim esportista amador.
- Por que essa distinção é importante? Porque algumas das recomendações das diretrizes são diferentes para o grupo de esportistas amadores e para o grupo de atletas profissionais.
- Para os 2 grupos são recomendados história clínica e exame físico. Alguma particularidade especial? Sinceramente, não. Vai ser o que sempre fazemos no consultório. Perguntar sobre sintomas como síncope, dor torácica e palpitações, perguntar de histórico pessoal para cardiopatias, uso de medicações; questionar sobre antecedentes familiares de cardiopatia ou morte súbita, principalmente antes dos 50 anos de idade. Ou seja, rotina do cardio mesmo.
- Tem mais de 35 anos? Má notícia. Você já é considerado atleta master. kkkkk.
- Exames laboratoriais de rotina não são necessários. O que termina se seguindo são as recomendações de check-up geral. Exemplo: já se pede glicemia de jejum para pacientes com > 45 anos. Na avaliação pré-atividade física, não há motivo para não se pedir também.
- A diretriz recomenda que ECG seja sempre feito na avaliação de atletas profissionais.
- É importante saber quais achados normais e alterados no ECG de atletas
Referência: Ghorayeb N, Stein R, Daher DJ, Silveira AD, Ritt LEF, Santos DFP et al. Atualização da Diretriz em Cardiologia do Esporte e do Exercício da Sociedade Brasileira de Cardiologia e da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte – 2019. Arq Bras Cardiol. 2019; 112(3):326-368.