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Saiu a nova diretriz de prevenção cardiovascular da Sbc. Como ela é bem longa vamos dividir a sua discussão por temas. Começaremos pela parte de dislipidemias focando em que o que mudou e o que ficou igual
1- estratificação de risco cardiovascular
Ficou igual a da diretriz de 2017. A figura abaixo resume bem:
Como fazer na pratica? Só baixar o app da SBC para calcular o risco de seu paciente no consultorio. A partir daí, definem-se as metas de tratamento, as quais também permaneceram as mesmas como mostra tabela do nosso novo livro, Cardiologia Cardiopapers 2a edição
2- uso do escore cálcio
O escore cálcio passa a ter um nível de evidencia maior nessa nova diretriz, seguindo o recomendado pela diretriz americana de 2018. Resumindo, devemos considerar pedi-lo em casos de risco cv intermediário. Se o escore cálcio vier de zero, este paciente é então considerado de baixo risco e podemos deixá-lo sem estatina. Se o escore vier acima de 100, consideramos o paciente como de alto risco cv e assim suas metas de tratamento serão mais agressivas
3- dosagem de lipoproteína A
Não mudaram as recomendações em relação à diretriz de 2017. Sua dosagem rotineira NÃO é recomendado. Considerar a dosagem em pacientes com hipercolesterolemia familiar ou com historia familiar de dcv precoce.
4- o que fazer se o pcte não atingir alvo de LDL com estatinas?
Não mudou em relação a diretriz de 2017. A diretriz atual recomenda considerar ezetimiba, inibidores da PCSK9 ou colestiramina, mas não coloca uma ordem a ser seguida. Americanos e europeus, por sua vez, colocam que nestes casos a primeira opção seria a ezetimiba e a segunda, iPCSK9. Por que isto? Pela relação custo-benefício
5- Ômega 3