Lípides Prevenção

Nova diretriz de prevenção: quais as novidades sobre lípides?

Escrito por Eduardo Lapa

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Saiu a nova diretriz de prevenção cardiovascular da Sbc. Como ela é bem longa vamos dividir a sua discussão por temas. Começaremos pela parte de dislipidemias focando em que o que mudou e o que ficou igual

1- estratificação de risco cardiovascular

Ficou igual a da diretriz de 2017. A figura abaixo resume bem:

Como fazer na pratica? Só baixar o app da SBC para calcular o risco de seu paciente no consultorio. A partir daí, definem-se as metas de tratamento, as quais também permaneceram as mesmas como mostra tabela do nosso novo livro, Cardiologia Cardiopapers 2a edição

2- uso do escore cálcio

O escore cálcio passa a ter um nível de evidencia maior nessa nova diretriz, seguindo o recomendado pela diretriz americana de 2018. Resumindo, devemos considerar pedi-lo em casos de risco cv intermediário. Se o escore cálcio vier de zero, este paciente é então considerado de baixo risco e podemos deixá-lo sem estatina. Se o escore vier acima de 100, consideramos o paciente como de alto risco cv e assim suas metas de tratamento serão mais agressivas

3- dosagem de lipoproteína A

Não mudaram as recomendações em relação à diretriz de 2017. Sua dosagem rotineira NÃO é recomendado. Considerar a dosagem em pacientes com hipercolesterolemia familiar ou com historia familiar de dcv precoce.

4- o que fazer se o pcte não atingir alvo de LDL com estatinas?

Não mudou em relação a diretriz de 2017. A diretriz atual recomenda considerar ezetimiba, inibidores da PCSK9 ou colestiramina, mas não coloca uma ordem a ser seguida. Americanos e europeus, por sua vez, colocam que nestes casos a primeira opção seria a ezetimiba e a segunda, iPCSK9. Por que isto? Pela relação custo-benefício

5- Ômega 3

Aqui temos uma mudança relevante. A diretriz incorpora os resultados do estudo REDUCE-IT (considerado por muitos o mais importante estudo da cardiologia de 2018) e recomenda o uso de EPA (icosapenta-etil) para pctes de risco CV alto ou muito alto que possuem níveis aumentados de triglicerídeos apesar do uso de estatinas. Qual o problema na prática? Nao temos a medicação avaliada no estudo no Brasil

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Sobre o autor

Eduardo Lapa

Editor-chefe do site Cardiopapers
Especialista em Cardiologia e Ecocardiografia pela SBC

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