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Não obrigatoriamente. Na maioria dos casos em que vemos ondas Q no ECG com características patológicas, estamos sim perante uma área eletricamente inativa. Contudo, há algumas exceções à regra. Exemplo:
- no BRE pode haver presença de QS de V1 a V3 sem que isto indique AEI. Inclusive este é um dos critérios diagnósticos de BRE, como já vimos em post prévio.
- O paciente com pré-excitação ventricular pode apresentar ondas Q patológicas em certas derivações, a depender da posição da via acessoria. Exemplo que estará presente no nosso Manual de Eletrocardiografia Cardiopapers:
Resumindo:
Normalmente ondas Q patológicas em 2 ou mais derivações contíguas = área eletricamente inativa
Como toda regra, esta também possui exceções. Bloqueio de ramo esquerdo e pré-excitação ventricular são bons exemplos de alterações que podem causar ondas Q com aspecto de patológicas mas sem significar AEI.
Lembro ainda o caso não usual da miocardiopatia hipertrófica que pode cursar até com QS de V1 a V6 com função ventricular absolutamente preservada. Acredito que o coração de SALAMANDRA explique esse fenômeno à medida que as forças elétricas se anulam. HCA5