Esta publicação também está disponível em:
A presença de cirrose hepática aumenta o risco de complicações hemorrágicas por uma série de motivos (coagulopatia, presença de varizes de esôfago, plaquetopenia associada devido a hiperesplenismo, etc). Além disso, muitos nos novos anticoagulantes possuem algum grau de metabolismo hepático. O que fazer então frente a um paciente com necessidade de anticoagulação devido à fibrilação atrial (FA) mas que possui cirrose associada? Seguem as recomendações do guideline europeu sobre NOACs:
- Child A – pode usar todos os 4 NOACs sem necessitar de ajuste de dose
- Child B – evitar rivaroxabana. Pode usar dabigatrana, apixabana e edoxabana com cautela.
- Child C – não usar nenhum NOAC
OBS: vimos em post anterior que o ximalagatran não foi aprovado na década de 2000 justamente pelo risco aumentado de hepatotoxicidade. E os NOACs? Apresentam este risco? Não! Os estudos com NOACs não apresentaram aumento do risco de hepatotoxicidade quando comparados à varfarina.
Referência: Steffel J, et al. The 2018 EuropeanHeart RhythmAssociation PracticalGuide on the use of non-vitamin K antagonist oral anticoagulants in patients with atrial fibrillation. European Heart Journal (2018) 00, 1–64 doi:10.1093/eurheartj/ehy136