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Paciente com cirrose pode usar novos anticoagulantes?

Escrito por Eduardo Lapa

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A presença de cirrose hepática aumenta o risco de complicações hemorrágicas por uma série de motivos (coagulopatia, presença de varizes de esôfago, plaquetopenia associada devido a hiperesplenismo, etc). Além disso, muitos nos novos anticoagulantes possuem algum grau de metabolismo hepático. O que fazer então frente a um paciente com necessidade de anticoagulação devido à fibrilação atrial (FA) mas que possui cirrose associada? Seguem as recomendações do guideline europeu sobre NOACs:

  • Child A – pode usar todos os 4 NOACs sem necessitar de ajuste de dose
  • Child B – evitar rivaroxabana. Pode usar dabigatrana, apixabana e edoxabana com cautela.
  • Child C – não usar nenhum NOAC

OBS: vimos em post anterior que o ximalagatran não foi aprovado na década de 2000 justamente pelo risco aumentado de hepatotoxicidade. E os NOACs? Apresentam este risco? Não! Os estudos com NOACs não apresentaram aumento do risco de hepatotoxicidade quando comparados à varfarina.

Referência: Steffel J, et al. The 2018 EuropeanHeart RhythmAssociation PracticalGuide on the use of non-vitamin K antagonist oral anticoagulants in patients with atrial fibrillation. European Heart Journal (2018) 00, 1–64 doi:10.1093/eurheartj/ehy136

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Sobre o autor

Eduardo Lapa

Editor-chefe do site Cardiopapers
Especialista em Cardiologia e Ecocardiografia pela SBC

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