Métodos complementares

Por que os métodos de imagem dividem o coração em 17 segmentos?

Escrito por Eduardo Lapa

Esta publicação também está disponível em: Português

Até 2002 os diferentes métodos de imagem (ecocardiograma, cintilografia, ressonância, etc) dividiam o coração em quantidades diferentes de segmentos. Algums métodos usavam 16 segmentos, outros 20, outros ainda utilizavam mais do que 40 segmentos. Em 2002 veio então um statement da American Heart Association propondo a divisão do coração em 17 segmentos em todos os métodos de imagem que visualizam diretamente o órgão.

Qual foi a principal vantagem desta classificação? Ela uniformizou a linguagem entre os diferentes métodos de imagem. Havia muita confusão antes disso para se correlacionar um método com o outro. Por exemplo: já falamos aqui sobre a história do infarto posterior ou dorsal, termo usado antigamente e que as III diretrizes de ECG da SBC propoem abandonar. Um dos motivos pelos quais este termo não deve ser empregado é justamente pela confusão a que local do VE ele se refere. Os estudos antigos de ECG denominavam como porção posterior do VE a parte basal da parede inferior. Já a divisão antiga do VE em segmentos (usava 16 e não 17 segmentos) denominava de posterior as porções basal e medial da atual parede ínferolateral. Ou seja, métodos diferentes denominavam partes diferentes do coração como parede posterior. Como vimos no post referenciado acima, o antigo infarto posterior/dorsal corresponde na verdade a acometimento da parede lateral do VE, como mostrado por estudos usando ressonância cardíaca.

A atual divisão do coração em 17 segmentos pode ser vista em detalhes neste post.

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Sobre o autor

Eduardo Lapa

Editor-chefe do site Cardiopapers
Especialista em Cardiologia e Ecocardiografia pela SBC

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