Nefrologia Outros temas

Preciso corrigir dose do betabloqueador na insuficiência renal?

Esta publicação também está disponível em: Português Español

Qual a pergunta que vem a sua cabeça quando um paciente cardiopata (com IC, DAC ou HAS) faz uma insuficiência renal aguda? Geralmente pensamos logo se o paciente está usando algo como inibidores de enzima conversora de angiotensina, bloqueadores do receptores de angiotensina ou espironolactona já que essas medicações podem causar hipercalemia. Isso é quase que um pensamento medular. Mas você sabia que não é apenas com essas medicações que devemos ficar atentos? Betabloqueadores e antagonistas dos canais de cálcio também podem ter a metabolização alterada na disfunção renal. Poucos ficam atentos a este aspecto. Como faço então para corrigir a dose do betabloqueador na insuficiência renal?

Veja aqui alguns exemplos:

BETABLOQUEADORES

1- Atenolol -> CrCl 10 a 30mL/min : dose máxima : 50mg/dia

                         CrCl < 10mL/min : dose máxima : 25mg/dia

                         Diálise: 25 a 50mg/dia, com reforço pós-diálise. Idealmente, devemos evitar o uso de atenolol nestes casos, como visto neste post. 

2- Bisoprolol -> CrCl < 40mL/min : Aumentar com cuidado a partir de 2.5mg/dia

3- Nebivolol -> CrCL < 30ml/min: Aumentar com cuidado a partir de 2.5mg/dia

Nem sempre temos que alterar a dose do betabloqueador na insuficiência renal. Não necessitam de ajustes : Propranolol, Metoprolol, Carvedilol

BLOQUEADORES DOS CANAIS DE CÁLCIO

1- Verapamil -> usar com cuidado em pacientes com disfunção renal, particularmente a apresentação de liberação prolongada, com monitorização mais frequente por eletrocardiograma.

Não necessitam de ajustes: anlodipina e diltiazem.

 

Banner Atheneu

Banner Atheneu

Banner ECG

Deixe um comentário

Sobre o autor

Carlos Frederico Costa Lopes

Deixe um comentário

Seja parceiro do Cardiopapers. Conheça os pacotes de anúncios e divulgações em nosso MídiaKit.

Anunciar no site