Valvopatias

Profilaxia de endocardite infecciosa: o que mudou na nova diretriz americana?

Escrito por Eduardo Lapa

Esta publicação também está disponível em: Português

Falamos recentemente sobre as recomendações da diretriz europeia em relação à profilaxia de endocardite. Esta semana foi publicada a nova diretriz americana de valvopatias e a parte de prevenção de endocardite teve algumas mudanças. As principais foram a inclusão dos seguintes grupos na indicação de antibiótico profilático por ocasião de certos tipos de procedimentos dentários:

  • pacientes com próteses valvares implantadas de forma percutânea (ex: paciente submetido à TAVI)
  • pacientes em que foram utilizados materiais prostéticos para a realização de plástica de valva nativa (ex: paciente com prolapso de valva mitral ou com valvopatia mitral isquêmica em que foi usado anel)

Por que a mudança? Porque surgiram estudos mostrando que estes grupos de pacientes possuem risco aumentado de endocardite infecciosa. Pacientes submetidos à TAVI, por exemplo, possuem risco de endocardite igual ou mesmo um pouco maior do que pacientes submetidos a implante cirúrgico de prótese aórtica. Além disso, a mortalidade nestes pacientes chega a 75% (!!!) em 1 ano, possivelmente por se tratarem de pacientes, via de regra, com status clínico bastante debilitado.

Referência: Nishimura RA, Otto CM, Bonow RO, Carabello BA, Erwin III JP, Fleisher LA, Jneid H, Mack MJ, McLeod CJ, O’Gara PT, Rigolin VH, Sundt III TM, Thompson A, 2017 AHA/ACC Focused Update of the 2014 AHA/ACC Guideline for the Management of Patients With Valvular Heart Disease, Journal of the American College of Cardiology (2017), doi: 10.1016/j.jacc.2017.03.011.

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Sobre o autor

Eduardo Lapa

Editor-chefe do site Cardiopapers
Especialista em Cardiologia e Ecocardiografia pela SBC

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