Coronariopatia

Qual o papel do betabloqueador no tratamento do paciente com angina estável?

Escrito por Eduardo Lapa

Esta publicação também está disponível em: Português

É comum fazer o seguinte raciocínio: coronariopatia = usar betabloqueador. Mas será que é isto mesmo? Para início de conversa, há 2 grandes situações em que os guidelines recomendam o uso de betabloqueador no paciente coronariano com o intuito de diminuir mortalidade:

1- pacientes com fração de ejeção reduzida (principalmente abaixo de 40%). (Veja aqui como estimar no a fração de ejeção pelo ecocardiograma)

2- pacientes com passado de infarto

Enquanto que a primeira indicação é bastante sólida, a segunda pode ser contra-argumentada já que a maior parte dos trabalhos que mostrou benefício da medicação no cenário de IAM foi feita antes da existência de terapia de reperfusão e apresentou resultados heterogêneos (vide este post).

Já no paciente com angina estável sem disfunção de VE e sem passado de IAM, não há evidência forte que indique aumento de sobrevida com o uso de betabloqueador. Assim, o grande papel desta medicação no paciente com angina estável é o de reduzir sintomas anginosos.

Referência: Kannam JP et al. Beta blockers in the management of stable angina pectoris. Uptodate 2016.

Banner Atheneu

Banner Atheneu

Banner Atheneu

Banner ECG

Deixe um comentário

Sobre o autor

Eduardo Lapa

Editor-chefe do site Cardiopapers
Especialista em Cardiologia e Ecocardiografia pela SBC

Deixe um comentário

Seja parceiro do Cardiopapers. Conheça os pacotes de anúncios e divulgações em nosso MídiaKit.

Anunciar no site