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Quando devemos reduzir ou suspender o uso dos IECA/BRA?

Escrito por Eduardo Lapa

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O uso das medicações inibidoras do sistema renina-angiotensina-aldosterona (IECA/BRA) apresentam diversos benefícios na prática clinica. São drogas utilizadas no manejo inicial de hipertensão, em pacientes com IC, após infarto agudo do miocárdio, em pacientes com nefropatia diabética, doença renal crônica, glomerulopatias e proteinúria assintomática.

No entanto, apesar de raros, certos pacientes apresentam efeitos colaterais como: piora da função renal, hipotensão ou hipercalemia. De fato, no estudo ONTARGET (The Ongoing Telmisartan Alone and in Combination with Ramipril Global Endpoint Trial) dentre os cerca de 8500 pacientes que utilizaram ramipril, 1.7% apresentou hipotensão, 0,7% piora da função com necessidade de retirada da droga, 2% duplicação da creatinina e 3% hipercalemia.

Deste modo, recomenda-se que os pacientes que apresentam maior risco de desenvolverem estes efeitos colaterais sejam reavaliados 3-5 dias após o início da droga. São eles:

  • Idosos
  • Hipertensos graves
  • Pacientes com insuficiência cardíaca sistólica
  • Em uso de altas doses de diuréticos
  • Síndrome nefrótica
  • Usuários de AINES

Caso haja elevação de mais de 30% do valor de base da creatinina, o potássio apresentar elevação > 5,5 mEq/l ou haja hipotensão postural a dose deve ser reduzida em 50% ou suspensa e o paciente deve ser reexaminado em 48-72.  Nos indivíduos com baixo risco de desenvolver complicações, devem ser reavaliados em 6-8 semanas.

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Sobre o autor

Eduardo Lapa

Editor-chefe do site Cardiopapers
Especialista em Cardiologia e Ecocardiografia pela SBC

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