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Quando usar oxigênio suplementar no paciente com infarto?

Escrito por Eduardo Lapa

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Todo mundo aprendeu na faculdade: está frente a um paciente grave? MOV! Monitor, oxigênio e veia. Nessa história ficou todo mundo automatizado para, frente um paciente com infarto agudo do miocárdio (IAM), já colocar o cateter nasal para suplementar oxigênio. Mas, há evidência na literatura para isto? Na verdade, não.

  • Estudo publicado no circulation em 2015 sugere que em pacientes que fizeram uso de O2 suplementar na vigência de IAM, houve maior extensão do infarto quando medido por dosagens séricas de troponina.
  • O trial DETO2x-AMI mostrou não haver benefício no uso de O2 suplementar no paciente infartado.

Há outras evidências de literatura mostrando o mesmo. Ou seja, não há nenhum evidência robusta que indique benefício e há inclusive evidências menores sugerindo malefício. Perante isto, a diretriz europeia de IAM com supra de ST de 2017 diz:

  • O uso rotineiro de oxigênio suplementar para pacientes com IAM e saturação de O2 acima de 90% é proscrito (classe III).
  • O uso de O2 suplementar é recomendado nos casos em que há saturação de O2<90% (opinião de especialistas)

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Sobre o autor

Eduardo Lapa

Editor-chefe do site Cardiopapers
Especialista em Cardiologia e Ecocardiografia pela SBC

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