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Vimos em post prévio quais os pacientes que apresentam benefícios com a reabilitação cardiovascular. Mas, e quanto aos pacientes que não podem ser submetidos à reabilitação? Quais as contraindicações ao método?
- Paciente com isquemia instável (ex: paciente admitido com IAM sem supra de ST que ainda não foi submetido a cateterismo cardíaco)
- Valvopatia importante e sintomática (tanto lesão estenótica quanto regurgitativa)
- Insuficiência cardíaca não compensada
- Arritmias não controladas (ex: FA com resposta ventricular elevada)
- Outras doenças que podem ser agravadas pelo exercício (ex: miocardite aguda, embolia pulmonar aguda, etc)
Paciente com IC e classe funcional 3 cronicamente pode fazer reabilitação? Sim. Paciente com coronariopatia multiarterial sem condições técnicas para revascularizar que apresenta angina aos moderados esforços há meses e que faz infra de ST no teste ergométrico quando a FC chega a 130 bpm pode fazer reabilitação? Sim, desde que seja almejada uma frequência cardíaca segura, abaixo do limiar de isquemia no teste ergométrico. Nestas 2 situações, por exemplo, o indicado é que o processo de reabilitação seja acompanhado por médico com experiência no assunto e que o paciente seja monitorizado continuamente com ECG durante a atividade física pelo menos nas primeiras sessões. O fato é que nestes casos a reabilitação não apenas pode ser feita como traz grande benefício em termos de melhora de capacidade funcional e, possivelmente, em termos de aumento de sobrevida.
Referência: Braun LT et al. Cardiac rehabilitation programs. Uptodate 2016.