Arritmia

Trabalhar muito aumenta o risco de arritmia?

Escrito por Fernando Figuinha

Esta publicação também está disponível em: Português

Estudo mostrou que pessoas que trabalham por um longo período, geralmente por mais de 55 h semanais, possuem um risco de cerca de 40% maior de desenvolver fibrilação atrial (FA) comparado com quem trabalha de 35 a 40 h semanais.

Esse estudo avaliou dados de mais de 85.000 pacientes de 8 estudos de coorte europeus. Os resultados sugerem que há uma associação “dose-dependente” entre horas trabalhadas semanais e incidência de FA.

A idade média desses estudos foi de 43 anos, e menos 1% tinham diagnóstico de doença cardiovascular no início. Todos pacientes negavam história de FA ao início do estudo, e a análise foi ajustada para classe socio-econômica e para outros fatores de risco para FA; idade, sexo, tabagismo, atividade física e consumo de álcool.

Pela metodologia do estudo, esses achados sugerem uma associação entre longas horas trabalhadas e FA, mas não necessariamente uma relação causal.

Os autores aventaram algumas hipóteses que poderiam estar relacionadas com esse achado, como mudanças no tônus autonômico e aumento da fibrose atrial resultando no desenvolvimento de FA, mas não há evidências ainda que provem essas hipóteses.

Referência
1. Kivimäki M, Nyberg ST, Batty GD, et al. Long working hours as a risk factor for atrial fibrillation: A multi-cohort study. Eur Heart J 2017.

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Sobre o autor

Fernando Figuinha

Especialista em Cardiologia pelo InCor/ FMUSP
Médico cardiologista do Hospital Miguel Soeiro - Unimed Sorocaba.
Presidente - SOCESP Regional Sorocaba.

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