Coronariopatia

Trimetazidina no pós IAM

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O estudo KAMIR (Korean acute myocardial infarction registry) foi realizado para avaliar o efeito da trimetazidina em pacientes pós infarto agudo do miocárdio. Seus resultados foram apresentados no último WCC.

A droga em questão tem efeitos metabólicos e anti-isquêmicos, cuja indicação clássica é a angina refratária.

O estudo KAMIR foi um estudo observacional prospectivo, que avaliou pacientes com IAM de 2005 a 2008. Foram divididos nos grupos trimetazidina (n = 271) e não-trimetazidina (n = 1146).  O end point primário foi eventos cardíacos adversos maiores (MACE) – mortalidade total, IAM não fatal e revascularização da lesão alvo nos 12 meses seguintes); end point secundário – complicação aguda do IAM (insuf. renal aguda, choque cardiogênico, IC nova, arritmia grave).

O grupo trimetazidina teve uma menor incidência de MACE (HR 0,31  p < 0,001), menor mortalidade total (HR 0,53  p 0,08) e menor complicações do IAM (OR 0,26  p < 0,001).

Esse estudo sugere um efeito benéfico do uso dessa droga em pacientes pós-IAM. Aguardamos outros trabalhos com metodologia melhor para definir de forma mais consistente o papel da trimetazidina nesses pacientes.

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Sobre o autor

Fernando Figuinha

Especialista em Cardiologia pelo InCor/ FMUSP
Médico cardiologista do Hospital Miguel Soeiro - Unimed Sorocaba.
Presidente - SOCESP Regional Sorocaba.

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