Miscelânia

Vacina para febre amarela em idosos: o que você precisa saber?

Escrito por Eduardo Lapa

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Há muitas dúvidas sobre o uso da vacina para febre amarela em idosos. Colocamos aqui o texto enviado pelo Dr Daniel Gomes, preceptor das residências de clínica médica e geriatria do HC-UFPE.

  • Idosos podem tomar a vacina contra a Febre Amarela?

A vacina é o método mais eficaz para prevenir a Febre Amarela. Porém, nos idosos, é maior o risco de reações adversas causadas pela vacina. Portanto, recomenda-se maior cautela nesta faixa etária e a decisão sobre vacinar ou não o idoso contra a Febre Amarela deve ser individualizada, levando em consideração os riscos e benefícios da vacina. Dessa forma, os idosos que residem ou precisarão permanecer por tempo prolongado em áreas de maior risco para a doença, que têm bom estado de saúde e que NÃO apresentem contra-indicações à vacina (ver abaixo) podem ser candidatos a tomarem a vacina.

  • Quem NÃO PODE tomar a vacina contra Febre Amarela?

Como esta vacina é constituída por vírus vivo (atenuado), naqueles portadores de condições que deprimem a imunidade, há risco substancialmente maior de reações graves à vacina. Portanto, pessoas com as seguintes condições NÃO PODEM tomar esta vacina:

  1. câncer,
  2. doenças do timo,
  3. infecção pelo HIV,
  4. submetidas a transplante de órgãos
  5. que tomam medicações imunossupressoras (ex.: quimioterapia ou corticoides em altas doses)

Além disso, pessoas com histórico de reações alérgicas graves (anafilaxia) a substâncias presentes na vacina (ovo de galinha e seus derivados, gelatina bovina ou outras) também não podem tomar.

  • Quais as possíveis reações adversas à vacina?

Podem ocorrer dor, inchaço e vermelhidão no local de aplicação, que geralmente duram um ou dois dias. Manifestações gerais, como febre, moleza e dores de cabeça e muscular também podem surgir. Embora muito raros, podem acontecer eventos graves: reações alérgicas, doença neurológica (encefalite, meningite, doenças autoimunes com envolvimento do sistema nervoso central e periférico) e doença em órgãos (infecção pelo vírus da vacina causando danos semelhantes aos da doença). Tais eventos, como já citado, ocorrem com frequência maior nos idosos.

  • Uma dose da vacina na vida é realmente suficiente?

Sim!!! Desde 2016, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda apenas UMA DOSE da vacina. Portanto, não há mais a indicação de dose de reforço da vacina, salvo raras exceções.

  • O que devem fazer os idosos que não podem tomar a vacina?

Aqueles que não podem tomar a vacina devem evitar viagens a locais de maior risco para a doença. Caso a viagem seja inevitável ou o idoso resida em área endêmica, recomenda-se, sempre que possível, o uso de métodos de barreira, como repelentes, roupas longas e telas de proteção contra mosquitos.

 

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Sobre o autor

Eduardo Lapa

Editor-chefe do site Cardiopapers
Especialista em Cardiologia e Ecocardiografia pela SBC

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